ENCHENTE DA MINH’ALMA
Água que me exila,
Me respira-me prende
Num recanto ou num canto,
Seja do meu quarto,
Do desespero fantástico,
Do meu corpo encrespado suado,
Querendo o teu.
Lábios trêmulos de medo,
Desta enchente sem segredo,
Que da natureza brotou
Sacudindo meus desejos,
Anseios tão cheios de amor.
Lembro dias ensolarados,
Da praia à minha espera,
A areia correndo em cada pisada,
Ao encontro da amada
Tão linda sereia IARA,
Dos cabelos cacheados,
Dos beijos doces corados,
Nos lábios desse homem apaixonado.
Arthur Marques de Lima Silva
Direitos reservados 16/02/2016