DIÓSPIROS DISTANTES

imponente e bela, diuturna,

a mais alvissareira e frondosa,

quiçá a mais velha e bondosa

de todas nesta selva soturna

a sólida senhora

de suculentos dióspiros pendentes

despeja mel aos colibris penitentes

e à vespa solitária que lhe implora

paciente e terna, eterna,

incólume e honrada

nunca invadida ou podada

dos capitães do céu, caserna

a impávida senhora

cujos supra-citados frutos

não poucos, muitos

logo caem e são postos fora