NOTURNO
Cessou toda música
Na vila, num místico
Silêncio ao crepúsculo.
E agora a noite pesa feito um sonho mudo.
Não passo doutro artífice
Das horas, do equívoco
Mais belo e fantástico
Se tudo quanto amamos dura breve chama.
Suporto esses cúmulos
De sombras sem túmulos,
Resposta sem dúvidas.
Deixar que ao ébrio seja doce um velho Porto.
Angústia nos pórticos
Da dor, nos recônditos
Vazios e rústicos –
Devolvo à treva por insulto o esgar mais negro.
E estranho essa esdrúxula
Ruptura em meu mórbido
Silêncio de bêbado
Se canta, inconveniente, um pássaro esquisito.
Cessou toda música
Na vila, num místico
Silêncio ao crepúsculo.
E agora a noite pesa feito um sonho mudo.
Não passo doutro artífice
Das horas, do equívoco
Mais belo e fantástico
Se tudo quanto amamos dura breve chama.
Suporto esses cúmulos
De sombras sem túmulos,
Resposta sem dúvidas.
Deixar que ao ébrio seja doce um velho Porto.
Angústia nos pórticos
Da dor, nos recônditos
Vazios e rústicos –
Devolvo à treva por insulto o esgar mais negro.
E estranho essa esdrúxula
Ruptura em meu mórbido
Silêncio de bêbado
Se canta, inconveniente, um pássaro esquisito.