PROFESSOR, Onde quer que o Sr. esteja, Envio-lhe meu POEMA!
NA FALTA DE INOCÊNCIA...
Em seus momentos de humor, meu professor de matemática dizia:
- "A matemática é LINDA, meu filhinho!! Ela é LINDA!!
Dedico este poema a ele, Roberto Inácio - Do seu eterno aluno, com
carinho...Um dia professor... Vamos nos reencontrar.
Fiz-me de contida forçada para que me coubesse a ingenuidade...
Pois a pureza que antes ávida em minha mocidade,
Hoje, somando-me os anos, as diminuo com as malícias propostas em minha jornada
Pesarosamente, tiveram que ser entendidas – Pureza sacrificada.
Escasso de inocência, deparo-me com perdas e tristes despedidas...
A morte, tênue ou branda.... Bem incide esses encontros
Há tantos que tanto enganam-se com os ganhos da pecúnia....
Que no exaurir da vida, atinam-se que, nisso, pagaram altos tributos.
Bem sabem desses encargos aqueles que amadurecem chorando
Crescimento, mesmo que tardio, não exime de dor aos recém-chegados na maturidade
Fazendo do tempo desperdiçado um profundo martírio...
E o reencontro com a pureza, uma profunda necessidade.
Ó... Inocência, tanto me fazes falta!
Pus-me refém de minha própria natureza...
Porque em verdade, és certa uma virtude genuína,
Mas a infância, breve, passageira...
Despediu-se presenteando-me com barba na cara
Mentindo-me que para ser forte – Precisava esquecê-la.
Na carência de tamanha virtude, trato de ocupar logo esse espaço
Assim faço, entregando-me às ciências evitando maiores danos...
Pois infidos são os aprendizados que enobrecem a alma...E com eles os vislumbres que preenchem a mente
Se inocência me falta... E a malícia impera...
Algum contentamento nessa infortúnio enxergo:
Nas ciências exatas... Componho nelas minha poligamia
Engraçando-me com todas... E ainda por cima, espalho dizendo:
“A MATEMÁTICA É LINDA”