MORRENDO DE INÉDIA
Com a faca cega,
despedaço cada dia,
mastigo e não engulo,
gosto da mesmice...
Quem foi que disse que viver é doce?
Fosse!
Pode ser que seja,
não duvido...
Nunca experimentei desse sabor.
Sempre encho o prato...
Sempre o mesmo desacato...
Destemperos da ilusão.