MORRENDO DE INÉDIA

Com a faca cega,

despedaço cada dia,

mastigo e não engulo,

gosto da mesmice...

Quem foi que disse que viver é doce?

Fosse!

Pode ser que seja,

não duvido...

Nunca experimentei desse sabor.

Sempre encho o prato...

Sempre o mesmo desacato...

Destemperos da ilusão.

ANA MARIA GAZZANEO
Enviado por ANA MARIA GAZZANEO em 16/02/2016
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