Pai

Alma das almas velada ao vento

Sem lamento nem dor

Encanto da brisa no pensamento

Na força sublime do amor.

Conspirada paixão ao tempo

No veleiro que longe se vai

Cancioneiro do templo

Na melodia do sonho se esvai.

Àvidas palavras apaixonadas

Apagadas do vocabulário

Hoje não dizem nada

Tornaram-se apenas meu escapulário.

E no som do vento me prendo

Com exigências a mais

Com o taciturno da vida me entendo

Entre pedras e corais.

Minha alma lavada de perdões

Voando o universo vai

O canto que me traz emoções

Lembra meu velho pai...

R J Cardoso
Enviado por R J Cardoso em 15/02/2016
Código do texto: T5544780
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