Espaço
Abrir os braços ao vento,
Tentar reter o espaço
Entre as fibras dos cabelos...
A pausa ficou no meio
Da viagem, do abraço,
Da tessitura dos medos.
E tudo era tão imenso,
Os voos, o azul profundo
Misturados no horizonte!
Muitas águas, muitas fontes,
Mas a porção permitida
Nas mãos em concha, contida.
Uma participação de
Trago na minha mente
uma alegria pungente;
uma palpitação no regaço
e na alma falta espaço.
São frutos da saudade,
que atropela a realidade;
se espreme num abraço
e exala na falta de espaço.