Desatinos, delírios, loucuras, perversões e outros ideais
Desatinos, delírios, loucuras, perversões e outros ideais
Num crescente lapso entre ser e existir
Colidiram todas as alucinações humanas
Em cada esfera o prelúdio do sentir
Incoerentes idiossincrasias mundanas
Tal qual distorções tempo-espaço
Perenes desatinos que ferem pungentes
Novelo de linha em perpétuo embaraço
Ligando mortalmente as mentes doentes
Em delírios vãos, desconexos e alienados
Tolhidos de raciocínio e discernimento
Obscurecidos, cruelmente dominados
Crentes de seu consentimento
Desfalecidos então e louca peregrinação
Impossibilitados de reconhecer a verdade
Abominando a sublime revelação
Vivem assim uma falsa realidade
E se colidem em mais um amorfo campo
Revivem as tristes derrotas da vida
Perversões recriadas em seu hipocampo
Jornada final, passagem só de ida
Debilitados, recriam quase que quanticamente
Ideais que jamais existiram em forma
Autossabotagem pura e simplesmente
Recria, modificam e rudemente se transforma.
Eduardo Benetti