FORTUNA DE POBREZA

Tenho uma montanha

De ouro aos meus pés

De que nada me adianta,

Pois não me aquece no inverno

Não conversa comigo

Nem de fato me ama.

Tenho tudo, tudo, absolutamente

Tudo material, mas nada real.

Toque de Midas maldito

Oh, fortuna de pobreza

Toda a riqueza me isolou

Do mundo bonito, tenho ouro

Convertido num rio derretido

Que escorre pelo tempo e meus dedos

Atraindo todo tipo de interesseiro

E nenhum tipo de alguém verdadeiro.