PORTO SEGURO
Porto seguro dos meus instintos
Fantasias que vivo e abandono
Sinto seu perfume no íntimo
Vejo ainda seus olhos de outono.
Desfolham-se frágeis os desejos
O corpo tímido que se entrega
Pequenas estórias, nossos enredos
Presente e passado duelam.
Uma reminiscência, a descoberta
Calor dos anseios, esperas
Rosto ainda com face encoberta
Olhar perdido em quimeras.
Reflexo presente, eu sozinha
Voz que distante me aquece
Desejo, sonho, caminho...
Calor que desperta e adormece.
Acordes se perdem no horizonte
Oceano de sonatas dispersas
Tento buscá-lo, mas onde?
Liberto-me... Sou as velas...