voo eterno
a pista desaparece
aos olhos cerrados
arremete
a rota desconhecida
da compreensão
do silêncio
que se aproxima
a mão perde
o leme
as nuvens passam
no céu azul
dos olhos
as pupilas de sonhos
brilham
cegas
na última rota
a cada horizonte
afogará
a eterna sede
cruzará o plano
do voo
sem retorno