Ando em sois noturnos,
tal o inverno se formando em lágrimas,
o gelo frágil que se quebra ao toque,
o corpo que se curva ao tempo
 
lento e entorpecido rumor dos pensamentos
desalinhados entre as linhas de um poema
em que a cena envolve dois corpos
perdidos na vastidão das sombras
 
o pêndulo das horas parou no espaço,
e agora o que faço
é caminhar em círculos
 
talvez em outra errância
eu siga o destino
e os símbolos teatrais da vida
me apresentem um novo espetáculo
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 12/02/2016
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