O VAZIO DE UM SONHO

Aquelas calçadas fétidas,
Aquelas ruas sem rumo,
Aqueles bares sem ética,
Aquelas vidas sem prumo...

Naquelas casas sem estética,
Naqueles buracos imundos,
Naquelas plagas desertas,
Viveu um sonho profundo,
De porres e desvarios
De gozos e arrepios.

Daquelas ruas desertas,
Daqueles postes sombrios,
Daquelas portas abertas,
Viveu um sonho profundo.
Só ele Ninguém mais no mundo
(Viveu de tanto vivê-lo,
É hoje um vagabundo).

Um sonho tão grande e forte,
Sem rumo, sem sul, sem norte,
Um sonho sem horizonte.
Nesta vida sem prumo,
Nestas calçadas fétidas,
Nestas ruas desertas,

Com estes postes sombrios,
Com este sonho vazio
A fazer-lhe companhia.
Nesta rua sem rumo,
Neste sonho perdido,
Desta vida sem prumo.

As calçadas fétidas
Das ruas sem rumo,
Refazem a rotina,
dos Bares sem ética
Nas vidas sem prumo.

As casas sem estética,
São buracos imundos,
Nas plagas desertas
De um sonho profundo.

As ruas desertas,
Os postes sombrios,
As portas abertas,
Um só desvario.

Uma vida sem prumo,
Um sonho perdido...
Na rua sem rumo,
Um poste sombrio,
Lhe faz companhia,
Num sonho vazio.
Fátima Trinchão
Enviado por Fátima Trinchão em 11/02/2016
Reeditado em 24/10/2019
Código do texto: T5540609
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