inebriados
Inebriados
Aos setenta
Apura-se a visibilidade
Das cretinices tantas...
As letras, às vezes,
Escondem verdades
Que os olhos entregam,
Que a alma
Não se assossega antes
De ver partir-se
A última desvantagem:
Não poder rir
Dessa verdade:
Saber que o tempo
É feito percalços...
Nos vale imbuir do caminhado
Até a espera desesperançar-se.
A cada manhã
Esse sol novo de velho
Socorre nossas ideias
E caminha conosco até a tarde
De cada dia... De nossos dias,
Contados nesse relógio
Sem ponteiros,
Que inebria.
Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
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