Minha vocação
Há um tempo atrás eu quis ser padre, mas me faltou vocação.
Aí quis ser intelectual, mas a professora de metodologia disse que eu era preguiçoso.
Depois quis ser advogado, mas não era minha sina.
Fui carimbar papéis, mas cansei logo.
Tentei ser poeta, mas me faltou substância.
Arrisquei ser escritor, mas me faltou vocabulário.
Foi então que lembrei da professora.
Meu negócio é a preguiça!
Minha vocação: devanear.
Divagar à toa!
Não que tenha deixado de trabalhar!
Minha sina, da qual não escapo,
É sonhar, fantasiar e imaginar!
Essa é a minha preguiça.