SABOR ALTIVO E PÉS DO SE HUMILHAR
O sabor desgostoso de te ter por perto
Apesar de querer-te longes de mim,
As ondas de altivez que me trazes,
Levando-me a ventos sem fim.
Meu paladar do não certo,
em contraste do lavar os pés.
Um pano degradante de humilhação,
Águas de encontro ao revés.
Pobre sujeito no deserto,
marinheiro de naus inconsistentes
Ora beijando os montes,
Ora em vales impertinentes.
Decidas a quem queres,
sem mesmo um pouco exitar
se o baixo com sua alteza
Se o alto a te declinar.
A resposta acho temerosa,
pois duas pessoas há:
a soberba que há dentro de mim,
e o humilde que quero provar.