EU TE MALDIGO
Todo mal, solene te dedico.
Abjuro-te em minha prece
Mas, inconsciente, verifico,
tua marca não desvanece!
Meu caminho não segues,
nele penso o mal acionar.
Nessa via me persegues,
um vulto a me acalentar.
Lábios rubros, indecentes,
mútuos em cobiça fatal,
abertos, beijos frementes.
Esse mal só tua boca tem.
Amando o mal que te quero,
confesso, te amo também.