Carnaval

Lá estão cavalos,

castelos encantados.

Nos vários resvalos

suspiros, segredos.

Lá moram

corujas.

Imagens sagradas,

apegos e desapegos.

Lá se mostram vivos

os mortos.

As figuras corretas,

os tortos.

Lá em cima euforia,

na pista os inglórios.

Riscam eles próprios

verdades, folclores.

Lá estão as deusas

nuas.

As peles, as feras,

cruas.

Lá da rodas que giram

ou das gruas

uma onça,

um jacaré, vidas suas.

Lá estão elefantes,

bares, sapatos, coisas das ruas.

As várias idiossincrasias,

conversas e luas.

Poetas, cantores,

mágicos e histórias puras.

Lá estão as tecituras

de tudo.

Lá se vira em música

a ternura.

Transformer

que ninguém segura

E a carne é fraca.

E a carne é dura.

E desfilam os versos

que perduram.

Amam.

Curam.

Puros e perversos

se situam.

Paulo Henrique Frias
Enviado por Paulo Henrique Frias em 11/02/2016
Código do texto: T5540096
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