O sino da infância
Na minha terra tem bocaiúva e guavira.
É um matinho bom, brota passarinho e vagalume.
Ontem padecia de saudade
Estilingue, pandorga e banho no córgo.
Doce de abóbora foi para o céu
Dona Cotinha a receita levou.
Na quarta série havia cabelos castanhos e bochechas rosadas
E minha timidez.
Faz bem para os pulmões, dizia o velho Durval
Tomar sol nas costas antes das dez.
Tereré de verdade é com raizada
Em guarani ensinou me o tio Aquino.
Corri para tocar o sino da igreja
Era só pra se pendurar na corda do campanário.
Perdoe São José Operário
Com 10 anos não se é religioso, apenas menino.