Abriu-se a fenda do peito
Hoje
Abriu-se a fenda do peito
Acima dos lábios
Ho’ oponopono!
Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata!
Por todas as vidas vividas
E todas as mortes morridas no fogo,
No frio da solidão das águas engasgadas
Na garganta,
Ho’ oponopono!
Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata!
Caminho por sobre a linha do sol
A fenda reparte-se em duas.
Parafraseio poetas
Palavras farpas escoam pelas fendas
O cheiro da carne, o suor da labuta
O amor mal amado, a servidão silenciosa e funda
A dor
De um filho não nascido.
Ho’ oponopono!
Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata!
Adianto-me,
Subo escadas no escuro
Do não ver absoluto
Ao fim da linha, casa branca!
Há na fé uma fresta de luz
No final de uma porta.
Ho’ oponopono!
Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata!
A luz da fresta ilumina a fenda,
Expande-se enfim horizonte
E uma nau desliza esperança,
Por sobre a imensidão das águas.
Ho’ oponopono!
Sinto muito, me perdoe, eu te amo, sou grata!
Nossa Senhora das Candeias
Alumia!
09:Fev:2016
11h00
Hoje
Colares de pérolas brilham
Sobre o colo
De estrelas-sardas.