CALOR SUFOCANTE

Antonieta Lopes

Janeiro, uma chuva abençoada

Aplacou o calor que sufocava,

Se ele continuasse, que maçada!

Nos faltaria à mesa simples fava.

O homem tudo pode sob a arcada

De um céu azul e plácido, sem trava,

Se ruge a natureza enfezada,

Ele perde o poder que ostentava.

Calor tremendo, quem o impediria

De as nascentes secar, murchar sementes,

E de sede matar a cotovia?

Felizmente há um Deus que salva as gentes,

Abre as nuvens, desfaz a calmaria,

As emoções tempera, por mais quentes.

Antonieta Lopes
Enviado por Antonieta Lopes em 09/02/2016
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