Todos eles, aqui estão eles,
Impassíveis.
Enquanto o mar entoa uma de suas valsas.
Eles desprezam a juventude com seus olhos sérios,
Remexem em seus bolsos procurando culpas,
Invertem o sentido do tempo e
Criam uma sensação de aprisionamento.
E o menino doce se abaixa para recolher suas lágrimas.
Não se pode esperar nada de quem nada entende,
Assim eles capturam as presas em suas redes,
Eles vestem casacas pesadas e botas inúteis.
Mas o sol se levantou dentro de um novembro opaco,
Um fraco feixe de luz perfurando vidraças.
A massa se move com mais de cem mil pernas,
Braços se erguem sobre os ombros
E apertam os mastros de suas bandeiras.
Mas eles chegam  primeiro e os alcançam,
Cansados assim, de tanta luta,
Lua, descansa em seu berço,
Quase chegamos ao topo da conquista,
Mas as vistas desabotoadas
Não viram o fim da procissão.
A fêmea deixa o coração na mão pelos seus filhos.
A ilha flutua em outro oceano, onde os pássaros voam livres
E podem entoar suas canções de paz.
Os homens conseguem engradar corpos,
Mas jamais aprisionarão os pensamentos.
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 08/02/2016
Código do texto: T5537604
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