Marcas

Minha pele alva está cheia de marcas

Sutis lembranças

Que não me deixam esquecer

Quantas vezes já quis que todas sumissem

Que eu pudesse me renovar

E não precisar lembrar de tudo que passou

Por que tenho que lidar com essas cicatrizes

Com esses coágulos que insistem em latejar?

Por que tinham que me marcar?

Tento cobrir meus braços e pernas

Para tentar ignorar

Mas ao despir-me, serei obrigada a encarar

Aliás, minha face nunca me engana

Porque conheço cada linha de expressão

Sei o que significam e sua motivação

Se bem que mesmo imaculada

Não passaria de um alvo a ser marcado

Porque quando você escolhe viver

Você começa a, lentamente, morrer

Ainda sim, quisera eu não ter que te ver

Cada vez que me vejo

Dancker
Enviado por Dancker em 06/02/2016
Código do texto: T5535037
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