POESIA QUASE IMORTAL
Escondo-me nos versos que componho,
E levo-te comigo ao meu reduto
Onde a poesia é deleite e sonho!
Vejo da noite o reluzente manto ,
Que o pôr-do-sol deixou no instante
Em que se foi para mais um descanso.
Aproveito o silêncio e a magia,
Do mistério atraente que, pressinto,
Será a alma de minha poesia!
Fica, assim como estás, calado,
Deixa tua presença amada ao meu lado,
Para inspirar meu verso
que vai se esculpindo,
como se fora uma escultura de rimas,
que nem sempre se encontram,
mas se buscam,
na inspiração que vai surgindo
e, no silêncio de nós dois, se arrima.
Que palavras poderiam descrever,
O amor em sua mais bela hora,
Em que a entrega é, por certo, total?
Basta-me tua presença, agora dominante,
E, em teu silêncio, no delírio amante,
A minha poesia, igual canção, aflora,
Assim, ao teu lado, quase imortal!
Naget Cury, 2014
EDITADO EM FEVEREIRO DE 2016