haveres

Haveres

Haveres... a veres...

Sem nada de haver

Ou a ver-se em nada,

Chora a viúva sua viuvez...

O dia vida vai em meio,

Tarde pra algum conselho,

Só a face enchamboada

Mostra o vermelho,

Sem nada a ver

Com o que se passa

Além da parede e praça,

Sem haveres

Com que fizera,

Além do corte da hera.

Sem algo a ver

Que faça sentido

Entre a fala e o latido,

Apenas a corja, a mesma,

Dizendo-se do bem,

Se nem rema.

Sem nada assim desperto,

Me despeço.

Sergiodonadio.blogspot.com

Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal

Clube de Autores, Amazon Kindle.

sergio donadio
Enviado por sergio donadio em 05/02/2016
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