haveres
Haveres
Haveres... a veres...
Sem nada de haver
Ou a ver-se em nada,
Chora a viúva sua viuvez...
O dia vida vai em meio,
Tarde pra algum conselho,
Só a face enchamboada
Mostra o vermelho,
Sem nada a ver
Com o que se passa
Além da parede e praça,
Sem haveres
Com que fizera,
Além do corte da hera.
Sem algo a ver
Que faça sentido
Entre a fala e o latido,
Apenas a corja, a mesma,
Dizendo-se do bem,
Se nem rema.
Sem nada assim desperto,
Me despeço.
Sergiodonadio.blogspot.com
Editoras: Saraiva,Perse, Incógnita Portugal
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