O silêncio e o grito
Uma mão de sangue
pousa sobre meu
ombro; o cão lambe
as gotas que caem...
Tudo é extremo,
afônico e
sem vida, só cremo
o que já são cinzas...
Não temo silêncio,
mas a parte de
mim que, estipêndio
dos governos, grita...
A treva detesta
o silêncio; é
a morte que resta
à sombra no fim...