ESCURIDÃO DA MENTE! (127)

Roupa suja, esfarrapada, pés descalços,

Grita pelas ruas, seus pesadelos,

Gesticula, agitando os braços,

Param para vê-lo, riem os incautos...

Passa sempre, pelos mesmos lugares,

A procura do passado, recordações fugazes,

Escondidas, em sua mente mais profunda,

E segue ele, em sua caminhada infinda...

Porém, a alma é lúcida, aprisionada sofre,

Ligada a um corpo, que se destrói, doente,

Quem pode salvá-la, libertá-la, oh, mente,

Perdeu-se, na escuridão, triste, ausente...

Quando cai à noite, deita a cabeça em qualquer calçada,

Seus cabelos se espalham, a alma, escapa embriagada,

Os monstros o deixaram, sua boca se cala,

Seus olhos cansados sorriem... Pela paz, enfim alcançada...

Lani (Zilani Celia)
Enviado por Lani (Zilani Celia) em 05/02/2016
Reeditado em 05/02/2016
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