VULTOS

Desfaz-se a bruma infinita,

Eu, tolo incauto

Sigo a vereda, enfeitiçado ao luar

Ali, sozinho busco ávido no encalço

Do vulto lépido, passageiro a farfalhar

Nada me punge, nada mais

Me encanta ainda

A brisa solta, vento frio a murmurar

E sorrateiro, vulto fosco, dobra a esquina

Na esperança de nunca nos encontrar

Não sei, nem lembro se um dia nos encontramos

Não sei, nem quero mais uma vez te encontrar

Só sei que é triste o estado em que estamos

Vultos insanos, fogo-fátuo a se apagar

Franz Znarf
Enviado por Franz Znarf em 03/02/2016
Código do texto: T5531908
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