VULTOS
Desfaz-se a bruma infinita,
Eu, tolo incauto
Sigo a vereda, enfeitiçado ao luar
Ali, sozinho busco ávido no encalço
Do vulto lépido, passageiro a farfalhar
Nada me punge, nada mais
Me encanta ainda
A brisa solta, vento frio a murmurar
E sorrateiro, vulto fosco, dobra a esquina
Na esperança de nunca nos encontrar
Não sei, nem lembro se um dia nos encontramos
Não sei, nem quero mais uma vez te encontrar
Só sei que é triste o estado em que estamos
Vultos insanos, fogo-fátuo a se apagar