Ainda hoje vou sorrir,
Não sou rico, não sou pobre,
Não tenho orgulho, algumas manias,
Estudei pouco, aprendi com a vida.
Pouco ando, penso muito,
Trabalho, só o necessário.
Horários, nem pensar!
Sonhar? Sempre!
Escorro entre as paredes,
Deslizo na maré cheia,
Em noite de lua, viro lobo,
Lua nova, eu me escondo.
Nos dias ruins, digo sim,
Nos melhores dias, realizo.
Tenho coisas comigo
Que ninguém pode tirar.
Levanto e olho os joelhos,
Meus queridos pés me levam
Onde o seguro morreu de velho.
Não compro em hiperlugares,
Nos bares, eu me embebedo,
No fim das madrugadas, canto,
Como se nada tivesse acontecido.
Sinto o cheiro das moças
Que sustentam em suas costas
Os postes que as iluminam.
Desejos de menina, eu conheço,
Pareço farejar o noturno
Na poesia que teço.
Não me esqueço de perguntar
Que rumo devo tomar
Quando a tempestade passar.
E na bonança, Santa Paciência!
Não há ciência que explique um homem
Que dorme chorando o passado...
Neste poema,
Veio-me um bocado de lembranças,
Senti-me criança,
Quero essa liberdade
Que só no riso das crianças
Supera qualquer tristeza.
Quanta beleza, eu sabia,
Que além de rabugento,
Sou apenas um velho sonhador.
Não sou rico, não sou pobre,
Não tenho orgulho, algumas manias,
Estudei pouco, aprendi com a vida.
Pouco ando, penso muito,
Trabalho, só o necessário.
Horários, nem pensar!
Sonhar? Sempre!
Escorro entre as paredes,
Deslizo na maré cheia,
Em noite de lua, viro lobo,
Lua nova, eu me escondo.
Nos dias ruins, digo sim,
Nos melhores dias, realizo.
Tenho coisas comigo
Que ninguém pode tirar.
Levanto e olho os joelhos,
Meus queridos pés me levam
Onde o seguro morreu de velho.
Não compro em hiperlugares,
Nos bares, eu me embebedo,
No fim das madrugadas, canto,
Como se nada tivesse acontecido.
Sinto o cheiro das moças
Que sustentam em suas costas
Os postes que as iluminam.
Desejos de menina, eu conheço,
Pareço farejar o noturno
Na poesia que teço.
Não me esqueço de perguntar
Que rumo devo tomar
Quando a tempestade passar.
E na bonança, Santa Paciência!
Não há ciência que explique um homem
Que dorme chorando o passado...
Neste poema,
Veio-me um bocado de lembranças,
Senti-me criança,
Quero essa liberdade
Que só no riso das crianças
Supera qualquer tristeza.
Quanta beleza, eu sabia,
Que além de rabugento,
Sou apenas um velho sonhador.