O tempo.
Os ponteiros não param.
Nem por um segundo.
E levam o tempo com eles.
A areia se esfarela.
Pela ampulheta.
Assim o tempo se desfaz.
A cortina de garoa fina.
Que salpica nossas faces.
E no faz esfregar os olhos.
Para desembaçar a vista
E eu me sento ao vale.
No colo do verde vale.
Eu parei, esperando que o tempo parasse.
Ele apenas me deixou e seguiu.