Alma cigana

Sou filha do vento

sigo o rumo das estrelas

viajo entre o sol e a lua

visto-me com asas e véus

Aqueço minha alma

no fogo do amor.

Rodopio descalça no chão

espalhando no ar

a poeira dos sonhos

Esvoaço anáguas e babados

no ritmo do seu olhar

e na magia do som

sua alma roubar.

Envolvo-me em outras vidas

Sigo solta no vento,

sem dono e sem rumo

pouso em qualquer lugar.

Na bagagem levo a liberdade

nos cabelos, a flor

e nos lábios o doce carmim.

Bailo em círculos, fechando ciclos

melodias dos amores

que vem e vão.

Trago na mão uma carta

nela vejo um atalho

mesmo embaralhada

nos seus braços

quero descansar.

Serena e calma

seja a noite

seja, vida e alma

seja amor

sob o clarão do luar!