a vírgula
meu coração
um mendigo andrajoso
a bater na tua porta
meus olhos
dois faróis perdidos
que só sabem a tua direção
meus braços
guindastes esgotados
atrofiados pela tua ausência
minha pele
a infinita solidão
arde num Saara infernal
eu, total
sou esta vírgula
a curva que passou