LIBERTAÇÃO
LIBERTAÇÃO
A medida que me desfaço
Resta-me o traço
Que qual lâmina de aço
Vai ficando cada vez mais
Afiada e sem compasso
Contundente como o quê
Sem temor, sem hipocrisia
Destilando farpas e venenos
Que não matam
Mas paralisam
A vontade de fingir
Não há mais necessidade
Viva a libertação
O peso dos anos
Permitem-me
Ser afinal
Apenas eu