LIBERTAÇÃO

LIBERTAÇÃO

A medida que me desfaço

Resta-me o traço

Que qual lâmina de aço

Vai ficando cada vez mais

Afiada e sem compasso

Contundente como o quê

Sem temor, sem hipocrisia

Destilando farpas e venenos

Que não matam

Mas paralisam

A vontade de fingir

Não há mais necessidade

Viva a libertação

O peso dos anos

Permitem-me

Ser afinal

Apenas eu

Arnaldo Ferreira
Enviado por Arnaldo Ferreira em 31/01/2016
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