VIVER SEM PODER AMAR

VIVER SEM PODER AMAR

Eis a vida seguindo...

peregrinando sem destino,

não tem amor, sem carinho.

É um rio caudaloso

Num despenhadeiro bramindo!...

Ei-la cansada e ferida,

tão diminuta e deprimida!

É uma estrela solitária

no firmamento esquecida.

Regada de exaltado tormento,

nunca feliz! Jamais contente!

no desdouro e sofrimento!

para com ela: são todos indiferentes.

Deserta de esperança,

absorvida pela enfermidade,

sem amigos, de amor carente.

é um avião sem turbina

voando em plena tormenta.

Sem afago, nunca abraçada,

mais sofrido e angustiado!...

É uma gota d’água caída

no deserto do Saara.

Sempre extravasando saudades,

cheia de anseios e imensas vontades,

buscando amor, logrando pedradas.

É um entulho que não vale nada,

pelo tribunal do orgulho sentenciada

a viver podada de amor e ser amada.

Djalma Pereira Guedes