PEGUEI NA CANETA!
Fui pegando na caneta
Pró teu corpo desenhar
Lancei as cores na paleta
E descobri que o poeta
Tinha nascido pr`amar!
Deslizei nas entre-linhas
Como se no corpo teu
Quando nesses olhos tinhas
O brilho das avezinhas
Voando no azul do céu!
Ganhei amor ao papel
E a caneta se enleara
Pareciam provar o mel
Um ao outro ser fiel
Tal uma joia assim rara!
Fizeram-se ambos amantes
Pra viverem sempre unidos
E se algum dia, distantes
Resta-lhes assim confiantes
Não perderem os sentidos!
Os dois, somente um agora
“Namoram-se” em alva luz
Ela nele às vezes chora
E ele dela devora
As penas da sua cruz!