Na arrogância da solidão
Na arrogância da solidão
Me desperto de onde não domino
E sozinho nasce outro labirinto
Injusto e mesquinho
Não tolerante aos demais
Tanto faz guerra, quanto paz
Desde que do meu jeito seja
E na arrogância da solidão
Tudo pode ser prensado
Deflorado e venerado
O pensamento vaga louco
Em monarquias ou arenas
Templos e convicções
A falsidade, detentora da verdade
Nos olhos e nas expressões
Só na arrogância da solidão
Que se ama e odeia, ao mesmo tempo
Ao desejo, que desanda a carne
Compulsão pelo averso
A vida servindo de bandeja
Visões etílicas de uma peleja
Eu comigo mesmo, e a arena
Todos a minha volta,
Esperando a fera que se solta
E inicia a matança plena...