Alma desnuda

"Sussurro sem som o que a gente se lembra, o que nunca soube".

Guimarães Rosa

Dedicado a quem é temente a Deus

E quem é temente a Deus,

Não abusa de palavras ofensivas...

Tony Bahi@.

Alma desnuda

A Poesia amordaçada, pede passagem ao tempo

Desnudada feito Afrodite

Ouvindo sinfonias de Bethoveen.

Os meus algozes zombam de mim,

Enquanto sorrio... (Não faço parte dessa turma de idiotas) De quem se sente, sem ser... De quem se olha no espelho e não se vê. Tem medo e arrepios da própria feiura. Da própria brancura, feito a branca de neve, dos ("Contos de fadas")!!!! O que é feio por dentro, reluz pelo lado de fora, nos olhos de quem não vê e tudo enxerga.

E o meu olhar arredio desbota o viço no olhar de quem me olha e não me vê!...

- Não grito: - Mas existe um soluço no olhar...

ACORDANDO

Sempre acordo aos solavancos, quando o Universo, pede que eu escreva.

E aos turbilhões minha cabeça é uma promessa de boa escrita, o que me excita, o que me acaricia, o que entontece.

São tantos os pensamentos (ao mesmo tempo), que uns ficam atropelando os outros, feito carros sem freios. Acostumado a isso, gosto dos versos atropelados, feito carroça sem cavalos, e que vão se materializando antes mesmo que eu escreva.

Antes mesmo do primeiro gole d'água, a privada é o primeiro caminho.

Mijo muito, acho que a próstata, continua inchada, como estava no último exame de toque. "Homens" - Não deixem de fazer o exame de toque, aquele do dedinho no CU. Dói! Dói! Dói!... Mas é uma dor, rápida e que salva-vidas. Mas procurem um médico delicado. A última vez que fiz, o "viado", enfiou aquele dedão, e só não vi estrelas, porque não estava escrevendo. E ainda disse: - Tome, esse remédio, - "Vamos ver se isso resolve. Sábio esse médico, né? - Não: Um grande "filho da puta". Será que fui a um consultório, uma casa de massagem ou a um prostíbulo?...

CÃES

Vá fazer xixi, digo ao Bolinha, meu cachorro, que quer colo nas primeiras horas da manhã. E menino-cão, comportado e educado, me entende e atende. Só sente ciúmes do computador, quando fico muito tempo escrevendo e chora; Engraçado esse bicho-companheiro de todas as horas. Voltou depois do mijo e deitou-se novamente na cama, olhei para ele e ele estava me olhando com olhos de "Salomé"!...

MAL AGRADECIDOS

Você que me lê, agora, já percebeu, que as pessoas, que damos as mãos, quando estão se afogando, colo e carinho, passam a nos odiar?... Foi assim, que aconteceu com todos os supostos amigos que ajudei um dia...

DENTRO DO ARMÁRIO

Sinto falta das estrelas que enxerguei, penso, escondido dentro do armário.

Entre traças e teias me encontro e nunca me desfaço de mim...

A minha elegância, sobrepõe o brilho das estrelas... E o meu infeliz brilho causou espanto a muita gente...

LUZ

Fui poste, lâmpada, lanterna e lamparina. Encantado, fui árvore. Conversei com passarinhos e fiz tantas amizades com borboletas. Assim criando raízes profundas em mim que cicatrizei feridas, e sorri da vida num gozo total e absoluto. Nunca perdendo a delicadeza. Fiz proezas que os mais incautos seriam rei como fui, sentado no trono da Poesia, sábio, feito Salomão.

VERNISSAGE

Chutei o pau da barraca, várias vezes, mas fiquei conhecido, por uma trupe de vagabundos, como: "O moço da cadeira", quando transformei o meu ap. no Rio, em Copacabana, em um ateliê. (joguei uma cadeira de bar em cima do filho da puta, que só queria ter, sem nada dar...)

Dando espaço a ele, para expor na minha nova galeria. Além de amor casa e comida. Estiveram presentes os mais famosos e belos artistas plásticos, que nem ouso mencionar nomes: Posso de esquecer de algum.

Dei espaço, dividindo carinho com esse artista plástico que encontrei, quando fiz uma exposição de telas na Av. Atlântica. Foi um luxo só, e uma noite inesquecível, com uma artista tocando harpa...Não foi individual, mas coletiva. E assim fui aprendo a me amar e amar e respeitar os mais propensos ao amor, ao próximo, aos mais distantes.

SABENDO

Sei o que é deleite

Fome

Medo

E sede

Sei o que é "amor"...

Sofrer

Me rasgar

Chorar de cócoras

Rastejar

E sair ileso

Sem ranço

Sem amargo na língua

Com galhardia

Sem ser covarde nem por um instante.

RESPIRO

Respiro alma e ela me entontece feito ópio

Engulo alma e ela me alimenta

Desnudo alma e faço parte dela

Quando possuo varias almas: Um deleite e um tormento...

Feito Mariposa em volta da lâmpada.

Quando quero um abraço, choro, sobre a noite escura e triste e sinto-me constelações interplanetárias nos versos que escrevo.

Quando sou Lua, Estrelas e Sóis,

Caminho em passos lentos... Por uma rua deserta e virando a esquerda, depois de entrar em um beco sem saída me perco e me encontro em Campos de Girassóis.

Tony Bahi@.

Tony Bahia
Enviado por Tony Bahia em 29/01/2016
Reeditado em 31/01/2016
Código do texto: T5526888
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