Florais Inatos!

Absurdos abstratos na temporariedade, reformas,

Carga na cagada polítika, fardo azedo, arrotos,

Centelha aberta desde o achamento, varas & veias,

Do sangue que brota por todas as vias, falácias,

Pelo esperto, do esperto, em cima do esperto, bico,

Aperto na garganta de quem menos tem, menos terá,

Reclamam dos juros, jurando piedade, pia fealdade,

Falam da instrução, que nunca se obtém, outro fado,

Falam do comércio, como se pobre nem possa comprar,

Nem emprego se tem, comendo o que sobra, sobrando,

Assobradado de papel, catadores de rua, esmoleiros,

Trabalho informal, dos males informados, deformados,

Aperto na gravata, no graveto, gaveta furada, greve espacial,

Todo espaço gerado pelas falcatruas de plantão, os mesmos,

São sempre eles, alguns novatos sorrateiros, vai & vem,

Vindos de todos os cantos, esperando, esperança,

Dos desesperados na fila, qualquer fila, filamentos,

Tantos muros para se lamentar todos os dias, cavidades,

Chora a gárgula, lágrima derretida, na vela acesa, incenso,

Cachaça de trambique, enfiando tantas drogas goela abaixo,

Todos aqueles “antes” que a embalagem aflita não explica,

Medicina medicamentosa solapa os últimos trocados,

Tiraram a grana antes de cada pacote, aqueles protegidos,

Até hoje, tem gente esperando o retorno do que nunca,

Mas nunca mesmo, vai voltar, ainda votado foi, sacana,

Tanto filha da puta torcendo para tudo acabar em massa,

Como se nada estivesse acontecendo, nada é pilhéria,

Troca de camisas, de legendas, de vontades, de moedas,

Tanto dinheiro sendo enterrado no rabo de uns poucos,

Ninguém abre a mão de nada, cada um com seus problemas,

Foda-se se estiver desempregado, desde que pague as contas,

O impostos, sobre impostos & mais impostos, o lucro dos caras,

Hoje não tem mais vaga de aprendiz, molecada na rua,

Professores passam o ano passando alunos, sem passado,

Amanhã, de diploma na mão assinando prédios & óbitos,

Operando das tripas ao coração, uma unha encravada,

Reengenharia desempregando, sem produto para entregar,

Mercado de reclamações & benefícios, bonança financeira,

Do que se investe para ir a algum lugar, tomando um breque,

Dos quarenta em diante, só sobra a rua & escombros,

Ainda reclamam que os novos não sabem fazer nada,

Outra piada de tanto mau gosto, com cara de esgoto,

Ajuda vem do além, do aquém, do pasmem, reclamem,

Tome mais um gole, leve sua poção, seu quinhão,

Cara de canhão, rasgos & pés no chão, trouxa & bundão,

Aposentados de plantão, outros cortes nas cortisonas,

Do público fica como está, vespeiros de fardas, mesmo mortas,

Uso capião pelo tempo de serviço com salários da ativa,

Dez salários de teto para os privados, na privada geral,

Até que se pense em novo corte, ou novos impostos,

Impostura acidentada de quem acha alguma coisa,

Desgoverno sempre será perdulário & arrogante,

Cultivando novas divas & escândalos para encobrir os outros,

Visibilidade como elemento de distração & distorção,

Feito extorsão & estelionato, sem direito a desacato,

Para mudar, só mesmo faxina, paciência & instrução!

Peixão89

Peixão
Enviado por Peixão em 05/07/2007
Código do texto: T552681
Classificação de conteúdo: seguro