A LITURGIA DO PENA-QUEBRADO
 
 
As garrafas jogadas no canto
da sala combinavam
as fotos dela rasgadas
queimadas na lareira
da sala me davam
mais do que o perigoso
instinto de todo
mundo vingado
por não mais existir
sala diabólica
pintada com cores de sangue
sangue adentro vertendo
lágrimas em poças
nunca vista pelo homem
que desejava ser feliz
para sempre
o ente acolhedor
traz marcas de conquista
elas são vistas
em todo amor
que se faz ardente
numa relva por ai
querendo ser livre
o amor não vive p’ros outros
seja louco de amar
apenas as volúpias
e os sentidos da carne
viverá querendo
eu tinha uma sede bebida
no corpo dela
pra ser os ouvidos
em aquarelas retorcidos
beijos cegos
sem saber onde estavam
nadavam nos vales
da perdição
onde marés choram
gritando ecos
de tesão sem parar
sem parar a chuva lá fora
adentra janela aberta
cortinas molhadas
imagino vestido
de chegada da noite
depois de jantar
com aquelas línguas soltas
de falas interessadas
em saber coisas tolas
ainda que o caminho
destes passos que acordam
desprazeres íntimos
por estar tão longe
dela agora
este fino prisma de luz
levanta meu corpo
pra olhar silhueta
do sopro veneno
que fica
quando a sombra na esquina
antes de dobrar
ainda olha
sina estranha que me olha
parece que conheço
e fica o começo
dizendo por que tudo
foi embora!?...
 
 






The liturgy PEN-BROKEN


The bottles thrown in the corner
the combined room
hers torn photos
burned in the fireplace
the room gave me
the more dangerous
all instinct
World avenged
By no longer exist
diabolical room
Blood painted with colors
into the blood pouring
tears in puddles
never seen by man
I wanted to be happy
forever
the welcoming entity
brings achievement marks
they are seen
around love
that is burning
a grass out there
wanting to be free
love does not live other p'ros
be crazy to love
only the pleasures
and senses of the flesh
wanting to live
I had a drink thirst
her body
to be the ears
in twisted watercolors
blind kisses
not knowing where they were
swam in the valleys
perdition
where tides cry
screaming echoes
horny nonstop
without stopping the rain outside
enters open window
Wet curtains
I imagine dress
arrival evening
after dinner
those with loose tongues
of interested speeches
to know silly things
even though the path
these steps agree
close displeasures
By being so far
it now
This thin light prism
raises my body
to look silhouette
Poison Blow
which is
when the shadow at the corner
before folding
still looks
strange fate looking at me
It seems to know
and is the beginning
saying why everything
left!?...