Meu sax chora
Por tempo infindo, desde o meio de minha vida,
Ele se queda mudo, talvez até mesmo no aguardo
De que voltasses ao recanto que te deu guarida,
Que te acolheu no peito onde ainda te guardo...
Seu som meio rouco, lembrando o som gutural
De meus tantos lamentos, quiçá de meu pranto,
Ao ver-te partir, sem olhar para trás, mercurial,
Calou-se para sempre, indiferente, no entanto.
Por tantas vezes, triste, em meus inúteis intentos,
Dele tentei extrair sons em minha infinda loucura,
Mas o que se expressou foram somente os lamentos,
Pois nem mesmo restou em mim a embocadura.
Hoje de novo busco extrair-lhe quaisquer acordes,
Baixinho, contido, ao invés de utilizar um clarim,
Que te desperte desse pesadelo e que logo acordes,
Na esperança de que o ouças e venhas para mim.
Por tempo infindo, desde o meio de minha vida,
Ele se queda mudo, talvez até mesmo no aguardo
De que voltasses ao recanto que te deu guarida,
Que te acolheu no peito onde ainda te guardo...
Seu som meio rouco, lembrando o som gutural
De meus tantos lamentos, quiçá de meu pranto,
Ao ver-te partir, sem olhar para trás, mercurial,
Calou-se para sempre, indiferente, no entanto.
Por tantas vezes, triste, em meus inúteis intentos,
Dele tentei extrair sons em minha infinda loucura,
Mas o que se expressou foram somente os lamentos,
Pois nem mesmo restou em mim a embocadura.
Hoje de novo busco extrair-lhe quaisquer acordes,
Baixinho, contido, ao invés de utilizar um clarim,
Que te desperte desse pesadelo e que logo acordes,
Na esperança de que o ouças e venhas para mim.