O tempo é a maturidade
No mundo é o tempo que abraça a vida
Levando para a alma rugas em listras
O corpo segue a anatomia do olhar
Para descobrir as marcas da pele nua
Na voz abstrata da dor que pulsa além
Num evento íntimo de um mundo velho
Pelo ceticismo crônico e de mãos postas
Em um mundo fora do mapa e cheio de água
O tempo é a maturidade que atravessa
A porta do mundo a reformar conceitos
Na validade vencida pela realidade ausente
Atraída pela versatilidade da morte em versos
Morte velha morte súbita ou morte morrida
O tempo não morre e a vida morre à toa
Em um mundo absoluto que mata e desmata
Sem o testemunho dos olhos em transe
Para alargar as ideias e desvelar a significação
Materializando alguns sonhos e descobrindo
Que o tempo prioriza o sentido da vida
Em um velho mundo cheio de guerras e conflitos
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