RUA VAZIA

Encaro o silencio teu,

com um respeito divino,

luto pela saudade deste amor,

a qual anseio dormindo...

e nos olhos uma frota de ilusão,

transportando pra bem longe um nome,

me deixando vazio o coração.

Mas bem sei não é difícil entender,

que o teu seio pulsa forte,

como o brado dos sonhos findos.

Donzela ouso desafiar todas as falas,

o vento- a tempestade - a fantasia,

escuto no silencio, a ânsia

e emoldo nos meus braços a covardia.

Eu queria ser o beijo,

acolher nos teus braços o desejo,

arder o fogo do teu corpo,

envolver-te na cama a dama que vejo.

Mais...

é estranho a rua vazia,

saudade que fica presa a este único enredo,

que escuta as dores da noite,

que acolhe o orvalho numa canção,

enchendo minh'alma,

de dores-insônia-tristezas,

solidão.!

ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA
Enviado por ARTHUR MARQUES DE LIMA SILVA em 24/01/2016
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