RUA VAZIA
Encaro o silencio teu,
com um respeito divino,
luto pela saudade deste amor,
a qual anseio dormindo...
e nos olhos uma frota de ilusão,
transportando pra bem longe um nome,
me deixando vazio o coração.
Mas bem sei não é difícil entender,
que o teu seio pulsa forte,
como o brado dos sonhos findos.
Donzela ouso desafiar todas as falas,
o vento- a tempestade - a fantasia,
escuto no silencio, a ânsia
e emoldo nos meus braços a covardia.
Eu queria ser o beijo,
acolher nos teus braços o desejo,
arder o fogo do teu corpo,
envolver-te na cama a dama que vejo.
Mais...
é estranho a rua vazia,
saudade que fica presa a este único enredo,
que escuta as dores da noite,
que acolhe o orvalho numa canção,
enchendo minh'alma,
de dores-insônia-tristezas,
solidão.!