Sou terra, fogo e água,
Não importa o que o mundo quer saber de mim.
Tenho minha solidão
E o meu telhado.
 
Vizinhos moram ao lado,
Não me importa se me mandam para o inferno
Ou simplesmente ignoram minha existência.
Minha paciência é do tamanho do meu dedão.
 
Nasço todos os dias com uma cara nova,
Cada facho de luz que passa pelas frestas
Me faz lembrar o quando andei ausente de mim mesmo.
 
Não procuro a liberdade, e sim, o livre pensar,
Que eu possa caminhar com os meus pensamentos
Para onde eu quiser.
 
O mar está cada vez mais longe
E meus olhos falham a procurar.
 
Minha cabeça está cheia de memórias idiotas,
O passado nem sempre é uma coisa boa a se lembrar,
É como vidro quebrado, não tem conserto.
 
Nem sempre me dispo de sonhos,
Às vezes, são boas promessas
Para quem não tem pressa.
 
Passo a retirar os móveis do lugar,
As coisas precisam de movimento
E a gente, de sentir o movimento.
 
É o tempo que ralha com o destino
E brinca de nos fazer envelhecer aos poucos,
Nem os mais loucos escapam dessa sina.
 
E por falar na menina,
Onde estão os olhos que se deitavam
A me espiar?
 
 
 
 
MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE
Enviado por MARIO SERGIO SOUZA ANDRADE em 24/01/2016
Código do texto: T5521048
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