Meus Parasitas

Elas sobrevoam minha mente,

E esperam, pacientes,

A hora certa.

Então bebem do meu sangue,

Deixam-me enfermo,

Vomitando a vida

Num balde cheio,

De vômitos alheios.

Fazem, em mim,

Suas feridas,

E seguem sorrindo,

Felizes.

E eu, como sou asceta,

Acabo gostando delas.

Afinal, são parasitas,

As poesias,

Do poeta.

André Espínola
Enviado por André Espínola em 04/07/2007
Reeditado em 04/07/2007
Código do texto: T552068
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