Meus Parasitas
Elas sobrevoam minha mente,
E esperam, pacientes,
A hora certa.
Então bebem do meu sangue,
Deixam-me enfermo,
Vomitando a vida
Num balde cheio,
De vômitos alheios.
Fazem, em mim,
Suas feridas,
E seguem sorrindo,
Felizes.
E eu, como sou asceta,
Acabo gostando delas.
Afinal, são parasitas,
As poesias,
Do poeta.