Diga-me a senha

Eu sei

Que você tem

A chave do mistério

Que enfeitiçou

Meu coração.

Que fez de mim

Este Panaca,

Este Babaca,

Este tremendo bobalhão.

Nos meus momentos

De vividez

Procuro e busco...

Mais não atino com os motivos

E muito menos com as razões.

De ser tão cativo,

De ser escravo dos caprichos

Do teu doido coração.

Já não comando meus sentidos.

Encontro-me nesta desabalada

Confusão.

E neste estado lastimável,

Eu te suplico e imploro

Como um condenado

Ao flagelo da prisão.

Diga-me a senha

Liberte!

Este babaca,

Este panaca,

Este tremendo bobalhão.

Ficarmos assim:

Não é viável, nem para mim,

Nem para você.

Se não tiveres

A senha do mistério

Prefiro morrer...

Nilópolis, 29/06/2001