aguilhão
Eis aqui um homem cambaleante
Andou triste nas rodas do tempo
Andou em tantos bares quando podia
Bebeu o soco direto da vida
Sentiu a firmeza do escuro do dia.
Entrou na floresta do medo
Queimou no fogo o seu sofrimento
Congelou-se as noites profundas
E fez do medo o seu degelo;
Acordou cheio de máscaras
Perdido e desnaturado
Perguntou à esfinge do reino
Onde esta a saída a nova estrada
E quando não feito resposta
Fez de si o seu camarada
E de aguilhão espulsou-se a manada