aguilhão

Eis aqui um homem cambaleante

Andou triste nas rodas do tempo

Andou em tantos bares quando podia

Bebeu o soco direto da vida

Sentiu a firmeza do escuro do dia.

Entrou na floresta do medo

Queimou no fogo o seu sofrimento

Congelou-se as noites profundas

E fez do medo o seu degelo;

Acordou cheio de máscaras

Perdido e desnaturado

Perguntou à esfinge do reino

Onde esta a saída a nova estrada

E quando não feito resposta

Fez de si o seu camarada

E de aguilhão espulsou-se a manada

Andrade de Campos
Enviado por Andrade de Campos em 22/01/2016
Código do texto: T5519384
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