Espera
Lembra-se de alguma coisa antes de nascer?
- Lógico que não. Assim também será quando
Morrer. De nada mais lembrará vida tranquila
Ou atribulada que o destino reservara a voce.
Não haverá mais sonho nem perspectiva
Em tempo algum. Nada falará ou ouvirá
Porque não há mais vida, amor fraterno,
Paixão nem exaspero à dor tão temida.
Não recobrará consciência, porque nada
Resta no plano concreto, talvez no abstrato,
Se alguém se lembrar ao que fez nesta vida.
Sigamos, pois, ainda há sol, estrada
Livre, rios quase vivos e abandonados
A espera da humanidade sedenta
De amor, bondade e tempos coloridos.
Lembra-se de alguma coisa antes de nascer?
- Lógico que não. Assim também será quando
Morrer. De nada mais lembrará vida tranquila
Ou atribulada que o destino reservara a voce.
Não haverá mais sonho nem perspectiva
Em tempo algum. Nada falará ou ouvirá
Porque não há mais vida, amor fraterno,
Paixão nem exaspero à dor tão temida.
Não recobrará consciência, porque nada
Resta no plano concreto, talvez no abstrato,
Se alguém se lembrar ao que fez nesta vida.
Sigamos, pois, ainda há sol, estrada
Livre, rios quase vivos e abandonados
A espera da humanidade sedenta
De amor, bondade e tempos coloridos.