ADVERSIDADE
Amador Filho.
É madrugada alta, a neblina é densa,
Acordo impaciente. Falta-me o sono,
Que angustia terrivelmente extensa.
Que sensação de completo abandono.
Não controlo, a emoção é tão intensa.
Desânimo incontrolável; desmorono.
A vontade de repousar fica suspensa.
Nesta alvorada, descolorida, estaciono.
Nuvens escuras anunciam chuva fina
Que me irrita e também me amofina,
Neste instante de profunda desolação.
Que fazer para refazer a serenidade
Quando se vive uma atroz adversidade,
Sem esperança e sem paz no coração?
Santa Luz, 01 de junho de 2013.
4.00h