Nuvens escuras
Nas coisas que nunca vemos, há explosões contidas,
Máscaras arrancadas, fases da vida.
Faces tristes, doloridas.
Nas mãos o poder de decidir ser feliz ou não.
Impossibilidades que angustiam,
Mãos atadas... Pensamentos loucos
Sem poder voltar.
Indecisão, impossibilidades... Lutas vencidas.
Nuvens escuras, alma invisível, desolada...
Isolamento, sem paisagens, sem gritos,
Sem vida sem destino, sem a verdade no amor,
Morta, relutando contra o tempo, ou a favor.
Uma sensação de vazio,
Foi o espelho que envelheceu,
Foi um capricho do tempo, essa sou eu?
Aos quarenta eu otimista, aos cinquenta, grito!
Um sabor de vitória e de derrota...
Olhem só, eu, ainda por aqui!
E esta minha alma quebrada não quer mais
Habitar em mim, está fugindo das minhas loucuras!
Os meus olhos, com um fundo triste,
Tão ingratos, velam meu corpo caído no chão
Do jeito que você me deixou.
De repende... Um sábio pensamento;
- Agradecer a esse espelho verdadeiro, Tempo.
Liduina do Nascimento