Uma dor oculta



Saudade que machuca, e corrói a alma.

Saudade...
Que vai desenhando num duro rosto,
Com a tinta das lágrimas...

Que faz perder a vontade de encontrar o futuro!
No qual a alma desacredita.

Desenha... Desenha,

Por fim a obra está pronta,
Eis o quadro do desgosto.


Caminhar para onde?
Sem mais um porquê.


Não acredite em destino ou na sorte.

Conversando com as estrelas,
Elas só contam

Das renúncias, que é preciso fazer.
Dizem da falta de liberdade própria.

Aprisionada alma... Porque só ouve e sofre.
Porque tanto se cala?


Não aponte o fim... Nem Perca a voz...
Nem a sua vez.

Não podemos regar a dor pela raiz.
Que dor oculta é essa, que fere sem piedade,
O que fizestes com a vida, e com a liberdade?

- Saudade...
Mesmo escondida... Rasgando o peito.
Ah que saudade!
É que me procuro e não me encontro em lugar nenhum,
Saudades imensa...
Dos velhos sonhos e de mim.



Liduina do Nascimento

 
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Enviado por Liduina do Nascimento em 19/01/2016
Reeditado em 29/04/2016
Código do texto: T5516332
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