Uma dor oculta
Saudade que machuca, e corrói a alma.
Saudade...
Que vai desenhando num duro rosto,
Com a tinta das lágrimas...
Que faz perder a vontade de encontrar o futuro!
No qual a alma desacredita.
Desenha... Desenha,
Por fim a obra está pronta,
Eis o quadro do desgosto.
Caminhar para onde?
Sem mais um porquê.
Não acredite em destino ou na sorte.
Conversando com as estrelas,
Elas só contam
Das renúncias, que é preciso fazer.
Dizem da falta de liberdade própria.
Aprisionada alma... Porque só ouve e sofre.
Porque tanto se cala?
Não aponte o fim... Nem Perca a voz...
Nem a sua vez.
Não podemos regar a dor pela raiz.
Que dor oculta é essa, que fere sem piedade,
O que fizestes com a vida, e com a liberdade?
- Saudade...
Mesmo escondida... Rasgando o peito.
Ah que saudade!
É que me procuro e não me encontro em lugar nenhum,
Saudades imensa...
Dos velhos sonhos e de mim.
Liduina do Nascimento